MEMÓRIA HISTÓRICA DAS ESCOLAS DO AGRUPAMENTO

 

 

A Escola Secundária Abade de Baçal, escola sede deste Agrupamento, remonta as suas origens a 1890, ano em que, por diploma régio, foi criada a então Escola de Desenho 5 Industrial, mais tarde convertida em Escola Industrial e posteriormente em Escola Industrial e Comercial de Bragança. Com a aprovação da portaria n.º 608/79 de 22 de novembro passa a designar-se Escola Secundária da Sé, adotando o seu atual nome, Escola Secundária do Abade de Baçal, a partir de 1992, pelo despacho n.º151/SERE/92.

Passou por vários edifícios até se fixar no atual, construído de raíz para o efeito em 1964 segundo o desenho do arquiteto A. Couto Mateus. Implantada à época nas franjas do núcleo urbano, e portanto um pouco afastada da vida comunitária, encontra-se hoje numa localização privilegiada tendo granjeado a reputação de centro de formação de qualidade e exigência, motivo de orgulho para todos quantos por ela passam.

Incluída que foi no programa governamental de recuperação do parque escolar, e encontrando-se na reta final do processo de requalificação será certamente um edifício com condições mais consentâneas com as necessidades de trabalho e aprendizagem atuais. 

Passado

Decreto de 13 de Junho de 1888: certidão de nascimento da Escola de Desenho Industrial. O citado decreto determinava:

“Art.º 1.º:É creada uma escola de desenho

industrial em cada uma das seguintes localidades: Bragança, …

Parágrafo único: estas escolas terão por fim ministrar o ensino do desenho com a aplicação à indústria ou indústrias predominantes na localidade.

Art.º 3.º: Junto de cada uma das referidas escolas serão estabelecidas as pequenas oficinas necessárias para o ensino manual dos alumnos”

Segundo o Abade de Baçal a fundação desta escola deveu-se sobretudo a uma pessoa: “ … graças à boa vontade do conselheiro Emygdio Navarro, então ministro das Obras Públicas, cuja memória deixou nesta cidade grata recordação.”

Decreto de 25 de Abril de 1889: a referida escola de desenho foi elevada a Escola Industrial, começando a funcionar em 7 de Janeiro de 1890. Com vida efémera, por volta de 1896, esta escola deixa de funcionar.

Lei n.º 879 de 15 de Setembro de 1919: cria nesta cidade uma escola industrial que passa a ter o nome de Escola Industrial de Emídio Navarro, que veio dar resposta à necessidade de reinstalar uma escola industrial nesta região.

Tendo sido promulgado em Agosto de 1948 o Estatuto do Ensino Profissional e Comercial, este teve uma enorme importância para a nossa Escola. É com ele que se cria o ensino comercial em Bragança e que pelo Decreto-Lei n.º 37029 de 25 de Agosto de 1948 se 6 reestrutura o ensino na escola que se passa a chamar Escola Industrial e Comercial de Bragança.

Tendo como principal missão o ensino da área na formação técnica e profissional, atraiu jovens de todo o distrito, fazendo parte integrante da Coimbra em Miniatura. Foi preponderante na qualificação de recursos humanos na região, importante contributo para o seu desenvolvimento.

Por exigência do número de alunos que frequentava a escola e da diversidade de cursos ministrados nasceu a vontade de construir um edifício que respondesse às novas necessidades. Escolhido o local numa zona de expansão da cidade, junto do Forte de S. João de Deus, concluiu-se a construção do edifício onde hoje nos encontramos.

Portaria n.º 608/79 de 22 de Novembro: a Escola passa a ser designada Escola Secundária da Sé.

Não foi uma simples mudança de nome: a distinção entre o ensino técnico médio e o ensino liceal tinha chegado ao fim. 

 Escola EB123 Augusto Moreno

Augusto César Moreno nasceu em Lagoaça, a 10 de Novembro de 1870. Ninguém imaginava que tinha nascido um dos homens mais ilustres do nosso distrito e que pela sua conduta e inteligência viria a ser credor da memória reconhecida dos conterrâneos e até de todo o país.

Apesar de ter falecido com 84 anos, na sua residência, na cidade do Porto, Augusto Moreno continua vivo, tendo o seu nome um lugar destacado nesta cidade, quer pelas suas qualidades literárias, quer pelas virtudes morais que o caracterizaram.

Entre 1887 e 1890, Augusto César Moreno, tira o seu Curso na Escola Normal do Porto, onde recebe vários prémios com altas classificações. Foi ensinar em Mogadouro, Aldeia Galega do Ribatejo (actual Montijo) e em Miranda do Douro, tendo ingressado depois na escola do Ensino Normal de Bragança.

Augusto César Moreno, foi prosador e poeta de mérito, tendo colaborado, ainda como estudante, na Gazeta Fiscal de Alvorada de Famalicão e mais tarde colaborou com as seguintes publicações: Revista Nova de Trindade Coelho, Revista Lusitana de Leite de Vasconcelos, Tribuna de Pires de Avelanoso e ainda Educação Nacional, Ocidente, Revista de Portugal e Brasília e Jornal O Primeiro de Janeiro onde tinha uma secção de perguntas e respostas sobre prosódia, intitulada Como falar... Como escrever...

Entre as principais obras de Augusto Moreno, encontramos o Dicionário Popular Elementar e Suplementar de Língua Portuguesa (4 volumes), Lições de Análise, Fonética e Ortografia (3 volumes), Português Popular (2 volumes), Glossário Transmontano, Palavras e Ideias, Curiosidades Filosóficas dentro e fora do Português, Dicionário de Sinónimos da Língua Portuguesa, etc, etc.. Em colaboração com Cardoso Júnior e José Pedro Machado dirigiu o Grande Vocabulário Ortográfico luso-brasileiro e a actualização e revisão do Dicionário de Morais.

A sua obra constitui por si só motivo suficiente para ter sido escolhido patrono da nossa escola, tendo desta forma ficado paga uma dívida de gratidão a quem tanto deu com a sua acção educativa.

Augusto Moreno não era dado a grandes relações sociais, talvez por estar atacado por uma surdez não remediável por qualquer aparelho auditivo.

Era simples nos seus hábitos e na sua maneira de ser, sóbrio e modesto, afirmando muitas vezes que sabia muito pouco ou nada e que precisava saber mais, muito mais. Este seu interesse por saber sempre mais, fez com que já de idade avançada se dedicasse ao estudo das línguas mortas que lhe foram necessárias. Trabalhava até de madrugada para cumprir os compromissos que tinha com as editoras, às quais corrigia obras a editar.

Augusto Moreno era um homem muito metódico, chamando a si toda a responsabilidade de datas ou acontecimentos que interessassem à família, de tudo tomava nota na sua agenda.

Augusto Moreno era um homem vivo, culto, filólogo, prosador, poeta, poliglota, tendo tido uma vida de inteira e permanente investigação e também dado a sua ajuda em benefício da comunidade.

Também teve o seu ideal político. Foi republicano e apesar de ser ateu confesso tinha como grande amigo o Rev. Padre Pinheiro que o acompanhou nos últimos momentos da sua vida. Era respeitador e tolerante com as ideias do seu semelhante. 

Escola Básica de Izeda

O Agrupamento Vertical de Izeda teve os seus primórdios em 1973 quando foi criada a Escola Preparatória que funcionou, provisoriamente, numa parte da Escola Profissional de Santo António, estabelecimento vocacionado para a reeducação de jovens delinquentes e inadaptados sociais, pertencente ao Ministério da Justiça.

Só em 1994, após muitas diligências, pedidos e empenho de gente da terra se procedeu à mudança para um novo edifício construído de raiz e que oferece boas condições de trabalho. A Escola passou a ser definida como pólo educativo ao serviço das populações limítrofes.

Em 2003, foi criado o Agrupamento Vertical de Izeda, cuja constituição foi homologada pela Direção Regional de Educação do Norte em 26 de Julho, composto por treze escolas do 1.º ciclo e quatro jardins-de-infância. Atualmente as treze escolas estão agrupadas em três pólos escolares e mantêm-se em funcionamento os quatro jardins.

Em dois de agosto de 2011, por despacho do secretário de estado da educação, João Trocado da Mata, a rede de oferta pública no concelho de Bragança passou a ser constituída por um novo Agrupamento: o Agrupamento de Escolas de Abade de Baçal, resultado da agregação da Escola Secundária Abade de Baçal e do Agrupamento Vertical de Izeda, sendo a escola sede a Escola Secundária Abade de Baçal. Esta agregação teve como objetivo promover as condições para a criação e a consolidação de unidades orgânicas de gestão que integrem todos os níveis de educação e de ensino e que permitam a um aluno completar a escolaridade obrigatória no mesmo agrupamento de escolas.

 

Patronos

Segundo o costume católico, Patrono, orago ou padroeiro é um santo ou anjo a quem é dedicada uma localidade, povoado ou templo (capela, igreja etc). A palavra orago é derivada de oráculo.

Na legislação que estabelece a simbologia associada às freguesias portuguesas, surgem frequentemente menções aos oragos dessas freguesias. Este fato tem dois significados: por um lado, tem o significado religioso de estender a "proteção" do santo para lá do templo, a toda a freguesia; por outro lado é um arcaísmo que reflete nos dias atuais as origens antigas das freguesias.

Com o tempo foram também adoptados patronos em várias outras instituições para além das referidas, como por exemplo as escolas. Para estas o Patrono é o seu modelo, a sua alma, a sua imagem as suas virtudes e os seus brios. A escolha do patrono por uma escola ou agrupamento não é só homenagear a pessoa, é escolher uma figura inspiradora para a sociedade educativa.

A palavra em si tem origem no Latim PATRONUS, no sentido de “modelo a ser seguido”, de PATER, “pai”.

(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

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Patrono da Escola Secundária Abade de Baçal

Versão Aúdio

(VERSÃO ÁUDIO)

Abade de Baçal

Sobre o patrono da Escola, Francisco Manuel Alves, homem austero e de superior cultura, insigne membro da Academia das Ciências de Lisboa, eleito a 8 de novembro de 1923, diga-se que foi figura respeitada, não só a nível regional mas também nacional pelos valiosos contributos para a história da região.

Nasceu em Baçal, aldeia do distrito de Bragança, onde foi pároco durante a sua vida. Numa região onde os rigores do tempo dificultavam a sua tarefa, o Abade de Baçal foi incansável na recolha de testemunhos arqueológicos, etnológicos e históricos relacionados com a região, ainda hoje fonte essencial de investigação em vários campos. A sua principal obra de investigação encontra-se coligida nas “Memórias Arqueológico - Históricas do Distrito de Bragança”, ao longo de onze tomos, tendo ainda muitos artigos espalhados por diversos jornais e revistas da época. Em 1925 foi nomeado Conservador do Museu Regional de Bragança, instituição que ajudou a fundar e que, a partir de 1935, em sua homenagem passou a ser designada Museu do Abade de Baçal.

 

 


Patrono da Escola EB123 Augusto Moreno

Versão Aúdio

(VERSÃO ÁUDIO)

Augusto Moreno

Augusto César Moreno nasceu em Lagoaça, a 10 de Novembro de 1870. Entre 1887 e 1890, Augusto César Moreno, tira o seu Curso na Escola Normal do Porto, onde recebe vários prémios com altas classificações. Foi ensinar em Mogadouro, Aldeia Galega do Ribatejo (actual Montijo) e em Miranda do Douro, tendo ingressado depois na escola do Ensino Normal de Bragança. Entre as principais obras de Augusto Moreno, encontramos o Dicionário Popular Elementar e Suplementar de Língua Portuguesa (4 volumes), Lições de Análise, Fonética e Ortografia (3 volumes), Português Popular (2 volumes), Glossário Transmontano, Palavras e Ideias, Curiosidades Filosóficas dentro e fora do Português, Dicionário de Sinónimos da Língua Portuguesa, etc, etc.. Em colaboração com Cardoso Júnior e José Pedro Machado dirigiu o Grande Vocabulário Ortográfico luso-brasileiro e a atualização e revisão do Dicionário de Morais.

 A sua obra constitui por si só motivo suficiente para ter sido escolhido patrono da nossa escola, tendo desta forma ficado paga uma dívida de gratidão a quem tanto deu com a sua ação educativa.

 

 

Dados adicionais

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