MEMÓRIA HISTÓRICA DAS ESCOLAS DO AGRUPAMENTO
Augusto César Moreno nasceu em Lagoaça, a 10 de Novembro de 1870. Ninguém imaginava que tinha nascido um dos homens mais ilustres do nosso distrito e que pela sua conduta e inteligência viria a ser credor da memória reconhecida dos conterrâneos e até de todo o país. Apesar de ter falecido com 84 anos, na sua residência, na cidade do Porto, Augusto Moreno continua vivo, tendo o seu nome um lugar destacado nesta cidade, quer pelas suas qualidades literárias, quer pelas virtudes morais que o caracterizaram. Entre 1887 e 1890, Augusto César Moreno, tira o seu Curso na Escola Normal do Porto, onde recebe vários prémios com altas classificações. Foi ensinar em Mogadouro, Aldeia Galega do Ribatejo (actual Montijo) e em Miranda do Douro, tendo ingressado depois na escola do Ensino Normal de Bragança. Augusto César Moreno, foi prosador e poeta de mérito, tendo colaborado, ainda como estudante, na Gazeta Fiscal de Alvorada de Famalicão e mais tarde colaborou com as seguintes publicações: Revista Nova de Trindade Coelho, Revista Lusitana de Leite de Vasconcelos, Tribuna de Pires de Avelanoso e ainda Educação Nacional, Ocidente, Revista de Portugal e Brasília e Jornal O Primeiro de Janeiro onde tinha uma secção de perguntas e respostas sobre prosódia, intitulada Como falar... Como escrever... Entre as principais obras de Augusto Moreno, encontramos o Dicionário Popular Elementar e Suplementar de Língua Portuguesa (4 volumes), Lições de Análise, Fonética e Ortografia (3 volumes), Português Popular (2 volumes), Glossário Transmontano, Palavras e Ideias, Curiosidades Filosóficas dentro e fora do Português, Dicionário de Sinónimos da Língua Portuguesa, etc, etc.. Em colaboração com Cardoso Júnior e José Pedro Machado dirigiu o Grande Vocabulário Ortográfico luso-brasileiro e a actualização e revisão do Dicionário de Morais. A sua obra constitui por si só motivo suficiente para ter sido escolhido patrono da nossa escola, tendo desta forma ficado paga uma dívida de gratidão a quem tanto deu com a sua acção educativa. Augusto Moreno não era dado a grandes relações sociais, talvez por estar atacado por uma surdez não remediável por qualquer aparelho auditivo. Era simples nos seus hábitos e na sua maneira de ser, sóbrio e modesto, afirmando muitas vezes que sabia muito pouco ou nada e que precisava saber mais, muito mais. Este seu interesse por saber sempre mais, fez com que já de idade avançada se dedicasse ao estudo das línguas mortas que lhe foram necessárias. Trabalhava até de madrugada para cumprir os compromissos que tinha com as editoras, às quais corrigia obras a editar. Augusto Moreno era um homem muito metódico, chamando a si toda a responsabilidade de datas ou acontecimentos que interessassem à família, de tudo tomava nota na sua agenda. Augusto Moreno era um homem vivo, culto, filólogo, prosador, poeta, poliglota, tendo tido uma vida de inteira e permanente investigação e também dado a sua ajuda em benefício da comunidade. Também teve o seu ideal político. Foi republicano e apesar de ser ateu confesso tinha como grande amigo o Rev. Padre Pinheiro que o acompanhou nos últimos momentos da sua vida. Era respeitador e tolerante com as ideias do seu semelhante. |
O Agrupamento Vertical de Izeda teve os seus primórdios em 1973 quando foi criada a Escola Preparatória que funcionou, provisoriamente, numa parte da Escola Profissional de Santo António, estabelecimento vocacionado para a reeducação de jovens delinquentes e inadaptados sociais, pertencente ao Ministério da Justiça. Só em 1994, após muitas diligências, pedidos e empenho de gente da terra se procedeu à mudança para um novo edifício construído de raiz e que oferece boas condições de trabalho. A Escola passou a ser definida como pólo educativo ao serviço das populações limítrofes. Em 2003, foi criado o Agrupamento Vertical de Izeda, cuja constituição foi homologada pela Direção Regional de Educação do Norte em 26 de Julho, composto por treze escolas do 1.º ciclo e quatro jardins-de-infância. Atualmente as treze escolas estão agrupadas em três pólos escolares e mantêm-se em funcionamento os quatro jardins. Em dois de agosto de 2011, por despacho do secretário de estado da educação, João Trocado da Mata, a rede de oferta pública no concelho de Bragança passou a ser constituída por um novo Agrupamento: o Agrupamento de Escolas de Abade de Baçal, resultado da agregação da Escola Secundária Abade de Baçal e do Agrupamento Vertical de Izeda, sendo a escola sede a Escola Secundária Abade de Baçal. Esta agregação teve como objetivo promover as condições para a criação e a consolidação de unidades orgânicas de gestão que integrem todos os níveis de educação e de ensino e que permitam a um aluno completar a escolaridade obrigatória no mesmo agrupamento de escolas. |
Segundo o costume católico, Patrono, orago ou padroeiro é um santo ou anjo a quem é dedicada uma localidade, povoado ou templo (capela, igreja etc). A palavra orago é derivada de oráculo.
Na legislação que estabelece a simbologia associada às freguesias portuguesas, surgem frequentemente menções aos oragos dessas freguesias. Este fato tem dois significados: por um lado, tem o significado religioso de estender a "proteção" do santo para lá do templo, a toda a freguesia; por outro lado é um arcaísmo que reflete nos dias atuais as origens antigas das freguesias.
Com o tempo foram também adoptados patronos em várias outras instituições para além das referidas, como por exemplo as escolas. Para estas o Patrono é o seu modelo, a sua alma, a sua imagem as suas virtudes e os seus brios. A escolha do patrono por uma escola ou agrupamento não é só homenagear a pessoa, é escolher uma figura inspiradora para a sociedade educativa.
A palavra em si tem origem no Latim PATRONUS, no sentido de “modelo a ser seguido”, de PATER, “pai”.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)
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